Uma final entre Barcelona x Athletic não seria, digamos assim, pacífica. Todos sabem que os catalãs e bascos buscam independência e reconhecimento. E uma final da Copa do Rey entre as duas equipes seria o momento ideal para protestar, como fizeram as duas aficções no momento da marcha real española ou o hino espanhol.
Quem tinha os direitos de transmissão da final, ao vivo, era o canal TVE da Espanha, que é de propriedade do governo. E diretor da emissora Javier Pons já sabia que iria ocorrer protesto e veja o que eles fizeram...
Se você não entendeu, eu explico!
Na hora de tocar o hino, a TVE cortou a transmissão do estádio e colocou uma entrada ao vivo direto de Bilbao. Porém, durante o intervalo da partida, a emissora pediu desculpas e colocou como o hino foi tocado, evidentemente com "alterações" - todos os protestos, como assobios e vaias por parte dos torcedores, foram cortados. Assim, o áudio ficou nítido. O que, de fato, não ocorreu no estádio, como mostrou a Rádio Marca.
Em uma carta, o diretor Javier Pons declarou que ocorreu um erro técnico (humano) na hora do hino. Mas como também deu para perceber, quando ocorria a transmissão no estúdio da emissora, na tela atrás dos apresentadores era notória que a transmissão ocorria sem falhas e ao vivo direto do estádio.
Esse é um claro e evidente jogo de interesses. A TVE, que transmitia para milhares de países, também com o canal internacional, mudou as regras do jogo e só se interessou em mostrar a festa do espetáculo. Para que mostrar os protestos? Por que a censura?
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Atualizado às 15h05 (hora Madrid):
Após todos os meios denunciarem o caso, o director de esportes da TVE, Julián Reyes, não resistiu ao cargo.
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