
Desembarcaram nesta segunda-feira (4 de maio), os 47 membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) para avaliar e tirar todas as dúvidas sobre a candidatura de Madrid, para sediar as Olimpíadas (de Verão) de 2016. Essa é uma das etapas mais importantes para conquistar e balançar os corações dos representantes, já que a capital espanhola será a última cidade a ser visitada. Antes, o Comitê já havia passado por Tóquio, Chicago e Rio de Janeiro.
E agora, Madrid está preparada? Quais são os prós e contras de cada concorrente?
Pode pesar a lei não escrita da alternância entre continentes – após a Segunda Guerra Mundial, somente se repetiu uma vez em um mesmo continente, em 1948 e 1952, respectivamente, em Londres e Helsinque -, o que condenaria a Madrid (sucedido por Londres, em 2012) e, também, a Tóquio (só oito anos depois de Pequim). Nesse quesito, o beneficiado seria a cidade carioca, já que jamais a sede das Olimpíadas ocorreu na América do Sul.

Pode pesar a filosofia, a contraditória relação nos Estados Unidos - o grande sócio capitalista do COI: a metade dos principais patrocinadores, seis de 12, que proporcionam 40% dos recursos, são multinacionais americanas; os direitos televisivos, que representam à metade dos recursos, são comprados pelas cadeias de
broadcast americanas (e Olimpíadas nos EUA, de madrugada, não cai bem. Por isso, um peso para Tóquio); e o ideal olímpico, que se materializou de forma inequívoca nos Jogos de Atlanta 1996, em um desastre. A condição de cidadão honorário de Chicago do presidente Barack Obama modificará, então, o estado dessa questão.
Pode pesar a questão infra-estrutura. Nesse caso, adeus Rio. Até o momento, a representante brasileira não teria nenhuma condição de ser sede (engarrafamentos, aeroporto pequeno, transporte ruim – 'sem metrô'). Sem contar com a segurança pública e rede hoteleira, que derrubou Madrid há quatro anos, em relação aos atentados e com poucos hotéis na região. (Nesse quesito, não conta apenas Madrid, mas as cidades com 200 km da sede, também são avaliadas).

Ao desembarcarem na capital espanhola, o Comitê terá a visão de uma outra cidade, na qual visitou anteriormente. Agora, com uma das melhores redes de metrô do mundo, uma das maiores expansões hoteleiras da Europa e com as melhores equipes de seguranças (‘derrotaram’ o ETA neste ano). Sem contar com o complexo esportivo, praticamente, pronto. Inauguraram a Caja Mágica (tênis) e falta pouco para o Estádio Olímpico ficar novo em folha. Fora o moderno Palácio de los Deportes (basquete e vôlei) e Arena Madrid (ginástica e tênis de mesa) estarem em utilização há bastante tempo.
Por esses motivos, creio que Madrid está pronta!
Eu, daqui, votaria em Madrid!
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